Por
meio de uma especialíssima graça concedida a todos os crentes através da Beata
Anna Catharina Emmerich*, Jesus mostrou à Sua serva os acontecimentos que
fizeram parte da Sua infância, bem como do Seu Nascimento. Esses relatos
chegam-nos hoje pela Editora Paulus, no livro A Infância de Jesus.
Das
muitas maravilhas pelo Senhor reveladas e que os Evangelhos não nos puderam
fazer chegar, consta um breve apontamento da história de cada uma daquelas
distintas figuras, cujos nomes próprios desconhecíamos e que o tempo, a
fantasia, o relativismo, o racionalismo, etc., procuram situar no simples
domínio das fábulas.
Os
nomes dos três Reis Magos, enquanto pagãos, eram: Mensor, Teokeno e Sair. Dois
deles, porém, receberiam nome cristão ao serem baptizados.
Mensor,
branco mas de tez morena, foi baptizado por São Tomé, a seguir à morte de Jesus,
recebendo no baptismo o nome, Leandro.
Teokeno,
de cor branca, o que estava doente quando Jesus o visitou, recebeu no baptismo
o nome, Leão.
Sair,
de cor escura, já tinha falecido ao tempo do Senhor, recebendo por isso o
Baptismo de Desejo.
Por
causa das suas qualidades, ficariam conhecidos como Gaspar, Melchior e
Baltasar.
-
Gaspar significa aquele que vai com amor;
-
Melchior, o que anda com suavidade, e guia usando de mansidão e acariciando;
-
Baltasar, o que obedece de imediato e sem discutir, isto é, sujeita a vontade
própria à vontade de Deus.
Mensor,
que é como dizer, o cristão Leandro, era da Caldeia, e a cidade onde nasceu
tinha um nome parecido com Acaiaia ou Acaiacul. Fora edificada numa ilha e era
rodeada por um rio. Porém, Mensor residia habitualmente nas terras de
pastagens, no meio dos rebanhos (p.133).
Sabemos
pelo Evangelho (Mt 2, 1ss) que os Reis Magos levaram ao Menino ouro, incenso e
mirra, mas, para além disso, nada mais sabíamos. Agora, pela revelação de Jesus
à Beata Catharina Emmrich, temos um dado novo: Por terem já falecido, no início
da Sua vida pública Jesus quis honrar os três primeiros pastores a quem o Anjo
anunciou o Nascimento do Salvador. Seus filhos, também pastores, conduziram
Jesus à gruta tumular onde eles jaziam, e, junto aos corpos, Jesus encontrou as
oferendas que os santos homens, os Reis Magos, também fizeram àqueles pastores,
contendo um cofre pequenas barras de ouro, e outro preciosos tecidos bordados a
fio de ouro. Interrogado sobre qual o destino a dar àquelas oferendas, Jesus
disse-lhes que as necessidades da Igreja nascente seria um bom destino.**
Saibamos
nós ter com as riquezas uma relação tão saudável quanto aquela que demonstraram
os Reis Magos, que, sem os ensinamentos de vinte séculos de cristianismo, nos
dão tão simples lição de partilha cristã, assim como os pastores, a quem bastou
o que já tinham de mais valioso, que era o terem testemunhado o indizível
mistério de Deus ter descido à condição humana, riqueza perante a qual nem o
ouro tinha valor suficiente para a ele se prenderem.
Que
os Reis Magos suscitem em nós o desejo de seguirmos pelo Caminho por eles
trilhado e nos animem na jornada, para que os esplendores do Deus Menino tornem
mais confortável o Seu nascimento no casebre que é o nosso coração.
*Beatificada em 3 de Outubro de 2004, por João Paulo II
**Cf. Vida Pública de Jesus - I Ano, Ed. Paulus, de Ana Catarina Emmerich, pp 67, 68
*Beatificada em 3 de Outubro de 2004, por João Paulo II
**Cf. Vida Pública de Jesus - I Ano, Ed. Paulus, de Ana Catarina Emmerich, pp 67, 68