Como já vai sendo habitual, sempre que posso vou à
Missa onde a vontade de Deus é cumprida até onde as normas instituídas o
permitem, como é no caso da igreja de S. Nicolau e do Oratório de S. Josemaria.
Foi o que fiz no último Domingo de Agosto, indo à do meio-dia ao Oratório.
Chegado o momento da Comunhão, como não chegou um
segundo sacerdote para ajudar o celebrante como sempre acontece, também não
houve quem fosse ajudar com a segunda bandeja, mas igualmente necessária para mais facilmente chegar à pessoa que do lado contrário se ajoelha no outro genuflexório. Para evitar o perigo de poder perder-se qualquer particulazinha
que caísse das hóstias, fui buscar a outra bandeja e pus-me do lado direito do
sacerdote, acompanhando com rigorosa atenção a hóstia desde a píxide até à boca
do comungante.
No final, olho para a bandeja e os meus olhos puderam
confirmar a razão pela qual esta deve ser sempre usada e com a máxima atenção:
além de outras micro-partículas mais difíceis de ver, havia três que se viam
bem, com tamanho aproximado ao do sinal gráfico que é o ponto (.) num teclado
de computador.
Perante isto e olhando para o que por todo o lado se
faz com o corpo Verdadeiro de Jesus, só posso concluir que as pessoas
enlouqueceram, tanto padres como leigos. Será que esqueceram a doutrina que
aprenderam na catequese sobre a transubstanciação do pão e do vinho em Corpo e
Sangue de Jesus?
E os vários milagres
eucarísticos que têm acontecido ao longo dos séculos pelo mundo fora, onde
o Senhor tem mostrado o que os mais exaustivos exames laboratoriais confirmam,
de nada têm servido para remover das pessoas a cegueira que delas se apoderou
impedindo que a Luz de Deus ilumine suas consciências?
Como é possível que, pessoas a quem tais exames já
mostraram que na mais pequeníssima partícula de uma hóstia consagrada está
Jesus inteiramente, como está numa hóstia, e mesmo assim continuem a tratar o
Santíssimo Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo como se a Sagrada Comunhão fosse
um mero símbolo do pão por Ele repartido na Última Ceia, como dizem os
protestantes, pão, aliás que já não era pão mas o Seu Verdadeiro Corpo?
Se fizermos na internet uma pesquisa por milagres
eucarísticos, veremos os impactantes relatos dos próprios cientistas a quem
tinha sido ocultado o motivo das análises que lhes foram pedidas, não sabendo
portanto o que iam analisar, e quais os resultados desses exames. E que prova é
que o Senhor nos dá em como está presente, por inteiro, na mais pequenina
partícula? No Milagre de Lanciano permite-nos a seguinte comparação:
Se formos pondo numa balança arroz até chegarmos ao
peso exacto de mil gramas, ou seja, 1 kg, e imaginarmos que essa quantidade de
arroz era composta exactamente por mil grãos, pesando
separadamente um só grão, qual teria que ser o seu peso? Claro, um grama! Mas
isto não foi o que os cientistas constataram. A anos-luz do que a razão nos
diria, o que eles comprovaram ao pesarem os coágulos de sangue, foi, e voltando
à comparação do arroz, que um só grão pesa exactamente o mesmo que todos os mil
grãos juntos.
Eis, pois, a Grandeza de Deus, indivisível, absoluto e
inalcançável à compreensão humana!
Que por Sua Misericórdia mostre a quantos têm
profanado o Seu Sacratíssimo Corpo, a reverência e adoração devidas à Sua
Divina Majestade presente na Eucaristia, Majestade que só o humilde, pela fé,
pode reconhecer e reverenciar.
Porque não desiste de nós, O bom Deus não deixa de
apelar a que nos deixemos conduzir por Ele, o que pode implicar que abdiquemos
daquilo que já são hábitos em nós, exercício sem o qual não é possível segui-l’O.
Por isso Ele revelou ao coração do Seu Pontífice João Paulo II as palavras que
o grande timoneiro nos comunicou na Dominicae
Cenae: «O tocar nas sagradas Espécies
e a distribuição destas com as próprias mãos é um privilégio dos ordenados».
Mas de todos
os que vão à Missa, quem atende ao que Vós dizeis, Senhor? Por eles,
publicamente aqui Vos peço, meu Deus: ajudai-os a ver com a Vossa Luz!
Z. A.