sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Que haja um Novo ano.



Tu que pelo Baptismo em Cristo foste acolhido e integrado na Santa Igreja Católica, lembra-te de que não podes dizer-te católico só porque cumpres alguns preceitos. Olha bem para ti, e vê se ao mesmo tempo não estarás a ser tão pagão quanto um ateu confesso.

O terminar de mais um ano e o início de um novo, seja para ti motivo para reflexão e agradecimento a Deus. Não O ofendas, pondo-O de parte na passagem de ano, substituindo-O por objectos e rituais pelos quais pedes a sorte de um bom ano.

Lembra-te que, mesmo sem Deus, também há quem tenha saúde e riqueza, mas a esses é o Diabo quem lhas concede. E se é ele o senhor das superstições (forma esperta para nos desviar de Deus), inteligente serás, se pedires Àquele que tudo pode, que te conceda a força necessária para corrigires o mal e poderes praticar o bem. Verás então que o novo ano passará a ter outras cores, outra Luz, outra paz.

Sê bom, e terás um bom ano. E se nisso não vires qualquer entusiasmo, porque assim tens procurado viver e o sucesso vê-lo nos outros, alegra-te, porque Deus está contigo! Pensa que em vez de falarmos num novo ano devemos falar na eternidade, e se andas com Deus…

Que Ele encontre em ti espaço para poder trabalhar no teu coração. Que em 2017 sejas feliz com Ele!  

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

As 13 enigmáticas personagens nos olhos da Virgem de Guadalupe


Desde o início do século XX, vários pesquisadores, fotógrafos e oftalmologistas afirmaram ter descoberto nos olhos da Virgem de Guadalupe o reflexo de figuras que parecem corresponder a silhuetas humanas.

Alfonso Marcue, fotógrafo oficial da antiga Basílica de Guadalupe, na Cidade do México, descobriu, em 1929, o que parecia uma imagem de um homem de barba reflectido no olho direito da Virgem.

Em 1951, José Carlos Salinas Chavez descobriu na mesma imagem com uma lupa observando os olhos da Virgem de Guadalupe, o que também se reflectiu no olho esquerdo, o mesmo local como seria projectada num olho vivo.
Parecer médico e o segredo dos seus olhos
Em 1956, o mexicano Dr. Javier Torroella Bueno publicou o primeiro relatório médico dos olhos da Virgem Negra. O resultado provava que os olhos estão, como qualquer olho humano vivo, conforme a lei Purkinje-Samson, ou seja, há uma tripla reflexão de objectos localizados na frente dos olhos da Virgem e as imagens ficam distorcidas pela forma curva das suas córneas.
No mesmo ano, Rafael Torija oftalmologista de Lavoignet, examinou os olhos da imagem Santa e confirmou a existência da silhueta em ambos os olhos da Virgem, tal como tinha descrito o desenhista Salinas Chávez.
Córneas

Desde 1979, o especialista em computação gráfica e pós-graduado em engenharia civil José Aste Tonsmann foi descobrindo o mistério que estava escondido nos olhos da Virgem de Guadalupe. Através do processo de ampliação da imagem por computador encontrou 13 pessoas nos olhos da Virgem Negra de acordo com as leis de Purkinje-Samson.
O diâmetro pequeno das córneas (7 e 8 mm) descarta a possibilidade de que as figuras tenham sido pintadas por mãos humanas ou mecanicamente nos seus olhos, especialmente quando se toma em consideração o material de forma bruta no qual a imagem é impressa, mesmo com os avanços tecnológicos actuais isso torna-se impossível, ainda mais por qualquer artista ou pintor no ano de 1531!
Personagens
O resultado de 20 anos de estudo cuidadoso dos olhos da Virgem de Guadalupe foi a descoberta de 13 pequenas figuras, diz o Dr. José Aste Tonsmann.
1. Um indígena observa com atenção

Aparece de corpo inteiro, sentado no chão. A cabeça do indígena está ligeiramente levantada parecendo dirigir o seu olhar para cima, em sinal de reverencia e atenção. Nota-se uma espécie de brinco e sandálias nos pés.
2. Idoso
A continuação do indígena aprecia um rosto de um homem idoso, careca, nariz proeminente, em linha retca, olhos fundos e barba branca.
As características coincidem com os de um homem branco. A sua semelhança com o rosto do bispo Zumárraga, como nas pinturas de Miguel Cabrera do século XVIII, sugere que esta será a mesma pessoa.
3. Homem jovem
Ao lado do velho homem há um homem jovem, com a face denotando surpresa. A posição dos lábios do jovem parece dirigir a palavra ao suposto bispo. A sua proximidade levou-o a pensar que é um tradutor, pois o bispo falava nahuatl. Acredita-se que este é Juan Gonzalez, um espanhol nascido entre 1500 e 1510.
4. Juan Diego
O rosto é evidência de um homem maduro olhar indígena, com uma barba fina, nariz fino e os lábios entreabertos. Ele usa um chapéu em forma de cone, como era costume entre os índios naquela época.
A coisa interessante sobre esta figura é que ele está vestido com um manto ao redor do seu pescoço, braço direito estendido e levantado na direcção onde está homem idoso. A hipótese do pesquisador é que este corresponde ao vidente Juan Diego.
5. Uma mulher negra, uma descoberta surpreendente
Atrás de Juan Diego, há uma mulher com olhos penetrantes e olhar de espanto. Pode-se ver o busto e rosto. É de pele escura, nariz achatado e lábios grossos, traços que correspondem aos de uma mulher negra.
Padre Mariano Cuevas no seu livro: “História da Igreja no México” comenta que o bispo Zumárraga no seu testamento havia concedido liberdade a escrava negra que tinha servido no México.
6. O homem de barba
Na extrema direita de ambas as córneas exibido um homem barbudo com traços europeus, que não foi identificado. Exibe uma atitude contemplativa, com o rosto expressando interesse e perplexidade; mantém o seu olhar para o local onde o nativo exibe o seu manto.
Dentro do Mistério (compreender as Figuras 7, 8, 9, 10, 11, 12 e 13)
No centro de ambos os olhos aparece o que tem sido chamado de “grupo familiar indigena”. As imagens são de tamanhos diferentes, no entanto estas pessoas possuem o mesmo tamanho, mas compõem cenas diferentes.
(7) Uma jovem de características muito finas que parecem olhar para baixo. Tem o cabelo com uma espécie de cocar com tranças no cabelo ornadas com flores. Dá para perceber por trás da sua cabeça um bebé envolto numa bolsa, um objecto bastante comum naquela época para carregar crianças. (8)
Um pouco mais abaixo e para a direita da jovem mãe, um homem com um chapéu (9), e entre estes, há um par de crianças (do sexo masculino e do sexo feminino, 10 e 11). Outro par, desta vez para homens e mulheres maduros (12 e 13) está atrás da jovem.

Este homem maduro (13) é a única figura que o pesquisador não encontrou em ambos os olhos da Virgem, está presente apenas na direita.
Significado das imagens
A 9 de Dezembro de 1531, a Virgem Maria pediu a Juan Diego para lhe construir um templo em Tepeyac para que todos pudessem conhecer a Deus, e para realizar o que pretendia o Seu compassivo e misericordioso olhar.
De acordo com a hipótese do autor, estas 13 figuras juntas revelam uma mensagem da Virgem Maria dirigida a toda a Humanidade: Diante de Deus todos os homens e mulheres de todas as raças, são iguais.


A presença da família (nas Figuras 7 a 13), em ambos os olhos da Virgem de Guadalupe, na opinião do Dr. Aste são as figuras mais importantes das que se reflectem nas suas córneas e como estão localizadas nas suas pupilas, significa que Maria de Guadalupe tem a família no centro do seu olhar compassivo.
Poderia ser um convite para procurar a unidade familiar, para se aproximar a familia de Deus, especialmente agora que a sociedade moderna tem desvalorizado tanto a família.
Estampagem
Dr. Aste Tonsmann afirma que no momento em que Juan Diego foi recebido pelo bispo Zumárraga, Maria estava presente, invisível para aqueles que estavam lá, mas vendo toda a cena, e portanto reflecte nos seus olhos as imagens de todos os presentes, incluindo o mesmo Juan Diego.

Quando o vidente desdobrou o manto e as rosas cairam, a estátua de Nossa Senhora foi impressa na capa, como estava naquele momento, isto é tendo nos seus olhos o reflexo de todo o grupo de pessoas que assistiram ao evento milagroso.
Assim, a Virgem de Guadalupe quis deixar-nos um “retrato da realidade” da sua milagrosa estampa. É legítimo pensar que se Juan Diego tinha carregado a imagem e estampada no manto, Zumárraga não teria acreditado.
Teste
Dr. Aste Tonsmann argumenta que uma das evidências mais fortes da existência das figuras nos olhos da imagem da Virgem de Guadalupe, é precisamente a sua presença em ambos os olhos e ao facto de que eles ocupam as mesmas posições relativas, isto é, aparecer no lugar correspondente aos reflexos nas córneas de uma pessoa viva. O resultado surpreendente por si mesmo, elimina a possibilidade de fraude.
Os processos utilizados para a verificação das imagens encontradas no quadro da Virgem de Guadalupe e da verificação da sua existência em outras fotos de si mesma são consistentes com o método científico. Os processos mais importantes são os seguintes:
1) O “mapping”, que consiste em tomar as coordenadas de pares de pontos equivalentes à superfície de ambos os olhos, e, por regressão linear, encontrar duas funções matemáticas para calcular as coordenadas “x” e “y” de cada ponto equivalente, num olho e no outro. A coincidência das imagens encontradas por este método é impressionante.
2) A série “transição”. Através do processo de metamorfose (morphing) Dr. Aste encontrou umasérie de imagens que mostram uma sequência de transição entre a face descoberta em uma das córneas e o seu equivalente na outra.

in espacojames.com.br


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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Exorcista fala de impactante testemunho de um jovem



Tendo como fonte o Padre Duarte Sousa Lara, a página web brasileira “Apostolado Catecismo da Igreja Católica”, que recomendo, traz o relato de um impactante testemunho de um jovem que confessa ter sido resgatado por dois anjos, dos caminhos satânicos que são muitos festivais de música para os jovens.
Para os que possam ainda não saber, o Padre Sousa Lara tem na Igreja o Ministério do Exorcismo, e foi discípulo do decano dos exorcistas de Roma, Padre Gabriele Amorth.
Segundo é dito na página do “Apostolado”, o Padre Sousa Lara narra da seguinte forma o testemunho do jovem:
Sabemos que Satanás e seus demónios exercem influência em todos os campos de actuação humana com o objectivo de fazer perder as almas. Não é diferente no mundo artístico e da música, que podem ser utilizados para o mal.
Na Europa e em todo mundo existem festivais de música que duram horas são regadas com muitas drogas, sexo, violência e diversas formas de comportamentos desordenados.
O nosso personagem é um habilidoso técnico de iluminação que foi procurado pelos organizadores de um festival de música tecno, que costuma reunir vinte mil jovens por evento durante onze horas. O dinheiro era muito e não era problema. Ele cobrava o que queria e era pago. Montou o sistema de iluminação de vários eventos do mesmo organizador.
Ele é de família católica. No entanto, como é muito comum, na adolescência havia se afastado da fé e percorreu outros caminhos, mas, conta ele, nunca afastou Deus do coração.
O facto é que começou a perceber que havia algo de errado [além do que seria natural notar] naqueles eventos. O homem que o contratara controlava a mesa de iluminação e projectava nas grandes telas do palco imagens estranhas e perturbadoras. Encorajando-se, resolveu questionar o dono da festa sobre seus objectivos. Sorrindo, o homem fazia as projecções e apontava para os jovens, para que nossa testemunha pudesse fazer o nexo entre o comportamento das pessoas com o que era projectado no palco. De imediato ele percebeu tudo. Passou a clamar a Deus para sair dali, mas não era possível. Caiu o véu: ele estava cercado por demónios.
Naquele momento foi convidado a assumir a mesa de iluminação e ele mesmo fazer as projecções. Queriam iniciá-lo no satanismo. Ele não assentiu, mas não havia por onde escapar. Com o coração clamando por Deus, assumiu o controlo das luzes e accionou um mecanismo que deixou todo o ambiente em luz verde. Em seguida veio um estouro: todo o estádio ficou às escuras e o caos foi instaurado.
Ele viu a oportunidade de escapar, mas às escuras, cercado pelos satanistas e seguranças, era praticamente impossível. Mesmo assim partiu para procurar a saída. Foi quando, e ele conta isso com lágrimas nos olhos, percebeu a presença de dois rapazes, um pôs-se à sua frente, outro à retaguarda e, caminhando em ritmo de marcha, conduziram-o até à saída do estádio. No momento em que passou da porta para fora, eles desapareceram: eram anjos!
Em pranto ele correu para o seu carro, mas percebeu outra presença, parou e voltou-se para trás. Era são Miguel Arcanjo, que lhe perguntou, e ele respondeu:
-Tu amas a Deus?
-Amo!
-Renuncias a Satanás?
-Renuncio!
-Vai!
Voltou-se novamente para o carro, mas ouviu Deus dizer a seu coração que não era para usar o veículo. Ele deveria voltar para casa [noutro país] utilizando outro meio de transporte. Ele usou o metro, foi para a estação do comboio e viajou horas de volta para casa, livrado por Deus.
Ele voltou para a Santa Igreja Católica, actualmente é um realizador de cinema católico e dá testemunho de tudo que viveu há 15 anos passados.

sábado, 22 de outubro de 2016

A resposta que não obtive do Papa

Já havia tempo que um grande desconforto interior me impelia para a busca de uma resposta que eu não encontrava em publicações, como texto algum de autoridade credível ou documento do Magistério da Igreja. Conhecedor dos vários corredores escuros que dentro da própria Igreja dificultam e desviam a maioria dos fiéis que procuram chegar ao Altar de Deus, tinha plena consciência do grau de dificuldade com que me deparava para ver removida a dúvida que tanto mal-estar me causava.

Com a fé e a ingenuidade de criança (ingenuidade que tantas vezes ainda constato perdurar em mim), vi na vinda do Santo Padre João Paulo II a Portugal, por ocasião da beatificação dos Pastorinhos Francisco e Jacinta, a oportunidade de me ver definitivamente liberto de tão inquietante questão.

Como os pais que olham para a criança pequenina e assistem sorridentes ao vê-la dizer que ela faz, quando se trata de tarefa para a qual só um adulto está capaz, assim Nossa Senhora e Jesus se riram de mim, ao me verem a crer que também eu seria capaz de resolver a questão por mim mesmo, daquela forma. Só mais tarde eu viria a descobrir que Eles estavam “metidos na coisa”, de tal forma que, apesar de terem feito com que fosse eu mesmo a ter a oportunidade de colocar a questão ao Santo Padre pessoalmente, pondo-me a sós com ele, me levariam a sair de Fátima tão esclarecido quanto estava à ida. Só mais tarde eu viria a aperceber-me da “brincadeira” que Jesus fizera comigo, brincadeira na qual tomou parte Sua Mãe e que para mim até foi a mais “culpada”, ao olhar para a forma como Ela baralhou totalmente o plano oficial da missão traçado pelas entidades oficiais.

Tempos depois, não podendo precisar se foram dias, semanas ou meses, lancei um gritante apelo Àquele por Quem me apaixonei ainda em criança, para que fosse Ele mesmo a dar-me a resposta que não cheguei a obter do Santo Padre. Essa paixão não era mais do que o reflexo e consequência do enamoramento da alma pelo Criador, que reagia como que num pulsar de ondas de luz sempre que se via iluminada pela verdadeira luz da Luz.

Desgastado por uma angustiante incerteza, antes da resposta que pedia ao meu amado Senhor eu já tinha dado a minha a mim mesmo, que consistia em me retirar daquele movimento da Igreja, por ter chegado à dolorosa conclusão de que o mesmo não surgira por Sua divina vontade, muito embora os defensores apregoem aos quatro ventos que ele é obra do Espírito Santo para a Igreja do pós Vaticano II. A minha convicção é a de que isso seria o mesmo que admitir que o Espírito Santo se tenha posto de “candeias às avessas” com Deus Pai e com Deus Filho.

Estava, pois, tomada a decisão, depois de muito tempo em longo e doloroso processo de discernimento. Atendendo porém à larga experiência que sempre me mostrou o quão desastrosas tendem a ser as decisões tomadas com base nos cálculos e certezas meramente humanas, tratando-se de matéria que tocava profundamente o Coração já tão chagado de Jesus, supliquei-Lhe que confirmasse a minha decisão por meio de um sinal que eu pudesse entender como tal. O “acordo”, que eu “redigira”, era muito claro: se naquela Missa eu não visse um sinal Seu, era porque eu estava enganado quanto à conclusão a que chegara relativamente ao movimento em causa. Mas se fora Ele Quem me levou a tal conclusão e tomada de decisão, teria mesmo que me dar um sinal a confirmá-lo, uma vez que eu não podia sozinho dar aquele passo confiando que tinha recebido a necessária luz do Espírito Santo, ao saber como o demónio engana os bem-intencionados.

Foi este o meu diálogo com o Senhor, enquanto percorria os últimos metros que faltavam para chegar à Igreja do Santíssimo Nome de Jesus, a Igreja Matriz de Odivelas, num dia de semana.

Faltavam breves minutos para a celebração da Santa Missa quando entrei, e, logo ao fundo da igreja, desviando-me de alguém que estava para se sentar no primeiro banco do lado direito, apoio a mão esquerda no segundo do lado esquerdo, enquanto genuflectia com o joelho direito no chão, para melhor poder reverenciar o Senhor oculto no sacrário, com uma lenta e profunda inclinação. Olhando porém ao mesmo tempo para o sacrário, onde julguei que estivesse Jesus, vi-me na necessidade de ter que ajustar a minha postura corporal, prostrando-me com os dois joelhos em terra, ao ver que, afinal, Ele, no Santíssimo Sacramento, estava exposto no altar.

Depois do gesto ligeiramente mais demorado, próprio de quem se prostra em adoração, como havia que continuar ajoelhado nem cheguei a levantar-me, uma vez que foi só desviar os joelhos dois palmos para o lado, colocando-os uma-mão-travessa acima do nível do chão, no banco junto ao qual me prostrara.

Enquanto contemplava Nosso Senhor oculto na Hóstia Sagrada durante os breves minutos que antecederam a Santa Missa, pensando naquela surpresa de encontrar o Santíssimo exposto, aproveitei para Lhe lembrar o “acordo” que momentos antes fizera com Ele. É certo que Ele não me tinha dado um sinal prévio em como aceitava esse acordo, mas eu não tinha dúvida alguma em como não sairia daquela Missa sem um entendimento claro quanto à resposta que procurava, fosse ela por meio de um sinal, como Lhe pedira, fosse pelo Seu silêncio, o que segundo a “cláusula” do “acordo”, também era uma resposta, ainda que não concordante com o que eu julgava ser a mais plausível.

Chegado o momento da bênção do Santíssimo, o sacerdote do Altíssimo, Pe. Jan Janik, em vez de abençoar os muitos fiéis presentes conforme o costume da Igreja, desce corredor abaixo e, enquanto que para trás dele ficava o povo que abençoara, dirige-se objectivamente a mim, colocando-se mesmo em frente e a escasso meio metro, como se lhe tivesse sido dado conhecimento do “acordo” que Jesus ia “firmar” e para que eu não tivesse dúvida alguma disso mesmo. Assim recebo a bênção do Senhor Jesus, com o sacerdote a olhar para mim como se eu fosse a única pessoa a quem estava a abençoar por não haver mais ninguém na igreja. Atónito, estremeci de emoção. E não era para menos, tendo em conta as “cláusulas” do “acordo” que acabava de ser assinado pela Outra Parte, daquela forma. Com a “assinatura” Jesus acabava de me demonstrar que eu descortinara correctamente a Sua divina vontade, conhecida que pode ser apenas por aqueles que se lançam confiantes no abismo da Sua Justiça e Misericórdia.

Como que atordoado, não só pelo tão claro sinal mas também por ver até onde o Criador do Universo, Majestade Infinita, é capaz de descer por amor aos Seus filhos, ali permaneci, quase sem me aperceber do andamento da Santa Missa, até que chega o momento da Comunhão, sem quase me dar conta nem do espaço nem do tempo. Essa abstracção colocou-me numa situação embaraçosa, atendendo que à fila daquele lado é sempre uma pessoa que não o ministro sagrado a distribuir a sagrada comunhão, e eu não poder receber o Senhor de mãos não consagradas depois de conhecer a Verdade, acessível que é a todos quantos de coração humilde a procuram. Não estou a falar de uma verdade conhecida por alguns eleitos por meio de alguma graça especial, mas dessa Verdade que se encontra mais do que documentada no inviolável depósito da fé.

Daquela situação embaraçosa quis também livrar-me o Céu. E digo assim por não saber se não terá sido Nossa Senhora a querer também tomar parte, Ela que desde há três séculos é chamada de Nossa Senhora Desatadora dos Nós.

De facto, juntamente com o sacerdote de Cristo estava uma das habituais paroquianas, mas, qual não foi o meu espanto, eu não só poderia comungar da mão do sacerdote como ainda receberia o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, já que a senhora apenas segurava o cálice.

Ainda que eu não necessitasse deste tão claro segundo sinal, Jesus assim entendeu para arrumar de uma vez por todas com a questão. O mal que há muito me incomodava e que se espalhou como doença grave no Corpo Místico de Cristo, chama-se Renovamento Carismático. E é uma pena. Soubesse a Hierarquia retirar apenas o que de bom tem esse movimento das igrejas protestantes, moldando-o de forma a encaixar perfeitamente na teologia e Tradição da Santa Igreja Católica, e ele seria um seguro porto de abrigo para a espiritualidade de muitas almas.

Peço ao Senhor que esta partilha possa tocar os corações de muitos filhos Seus. E se dúvidas tiverem, sobre esta questão em particular ou outra que que lhes tenha gerado algum desconforto, com a maior sinceridade de coração, não deem “descanso” a Jesus, que Ele há-de responder-vos.

Seja louvado Nosso Senhor Jesus Cristo!


AMDG,
José Augusto Santos