Em Agosto de 2015, em Pamplona, foram expostas Hóstias Consagradas ao público numa
exposição.
As hóstias foram roubadas em paróquias de Espanha e, só isso, já
surpreende. Como é possível as autoridades compactuarem com expor ao público
algo que foi previamente roubado?
Mas o problema maior não é esse, Hóstias Consagradas são o próprio Corpo,
Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor, do próprio Deus. De todos os
pecados que se pode cometer, este é certamente dos mais graves possíveis.
Felizmente os Católicos em Pamplona reagiram para desagravar este abuso,
tanto na própria exposição, prestando a devida reverência (de joelhos) ao Corpo
de Deus, mas também noutros contextos.
Deixamos aqui um testemunho de alguém que viveu todos estes momentos. O
texto é partilhado por uma professora do colégio La Vall, ligado ao Opus
Dei, na Catalunha:
"Uma ex-aluna de La Vall, que estuda na Universidade de Navarra,
escreve assim:
Ontem cheguei a casa a seguir ao Terço diante da sala exposições, onde
estão as fotos das espécies consagradas postas no chão. Havia centenas de
pessoas a rezar o Terço de joelhos.
Hoje estive na Missa que o Bispo de Pamplona convocou para pedir perdão a
Jesus pela profanação do Seu Corpo. Foi incrível.
Havia mais de 100 sacerdotes a concelebrar a Missa. O Bispo falou de
caridade e de misericórdia. Pediu aos jovens que sentem a chamada de Deus no
seu coração, que abram as portas a Cristo e se entreguem a Ele, os rapazes
ao sacerdócio e as raparigas no cuidado dos mais pobres e necessitados.
Deu graças pela presença de tanta gente na Missa. Depois da homilia pediu
que fizéssemos uns momentos de silêncio. Víamo-lo tão tão magoado.
Fiquei impressionada porque as pessoas estavam magoadas de verdade, realmente
doía-lhes que se tivesse feito isto a Jesus. E impressionou-me porque isso
significa que muitíssimas pessoas dão muito valor à Eucaristia e amam-na.
Fiquei louca. Não têm noção do ambiente que havia: de recolhimento, de
oração, de arrependimento, de desculpa, de silêncio, de carinho. Todos super
concentrados, cantando as músicas com o coração. A algumas pessoas saltavam
lágrimas e outras não conseguiam acabar de cantar porque falhava-lhes a voz. Eu
tinha pele de galinha.
Padres, freiras, meninos, universitários, monges, gente do Opus Deis, pais
e mães de família...
O Bispo pediu que comungássemos com a boca para evitar que acontecessem coisas más como as que se passaram. Leu-se o
Evangelho, penso, de S. Lucas: "Quem come a minha carne e bebe o meu
sangue habita em Mim e Eu nele." Falou-se muito da Eucaristia.
Ao terminar a Comunhão disse-se ao microfone que se tinham preparado 4000 partículas
consagradas para que todos comungassem e mesmo assim houve pessoas que ficaram
sem comungar. Houve pessoas que esperaram mais de 20 minutos na fila para
comungar e mesmo assim não havia partículas para todos.
Estava à pinha. As pessoas ajoelhavam-se, embora não coubessem
muito bem. Foi impressionante: a fé das pessoas e a dor que sentiam por se
ter ofendido tão gravemente a Jesus.
Ao terminar a Missa houve uma procissão de Jesus Sacramentado pela
Catedral. E quando saíam os sacerdotes e o Bispo, todos começaram a aplaudir de
tão bonito que tinha sido."
Tirado de: