segunda-feira, 8 de junho de 2009

A solução para a crise mundial

Cingindo-me apenas à vertente económica da crise que se instalou, os governos das várias nações só não a solucionam porque não querem, talvez por que lhes falta a honestidade necessária. Valendo-me de um trabalho feito num outro contexto, que tinha como tema a Declaração Universal dos Direitos do Homem e no qual ensaiei adicionar mais um Artigo a essa magna carta, apresento aquilo que poderia ser o tronco das medidas a implementar para solucionar a actual crise: 
 1. A bem da equidade na distribuição da riqueza criada, nenhum trabalhador por conta de outrem, seja do sector público ou privado, pode auferir um salário líquido superior a 60% do vencimento do Chefe de Estado (em Portugal é € 7.630,33), assim como ninguém pode auferir um salário inferior a 12% desse valor (que corresponde a € 915,00). 
2.Os salários dos membros do Governo, à excepção do Primeiro Ministro, que pode chegar até aos € 7.500,00, poderão chegar aos 80% do salário do Chefe de Estado (em Portugal seria € 6.104,00), quando nesse valor estiverem incluídas todas as regalias de que possam gozar seus familiares. 
3. A regalia de ter carro e motorista pagos pelo Estado, só ao Chefe de Estado, Ministros e Secretários de Estado, é devida. 
4. Todo o titular de riqueza resultante de qualquer actividade económica, ficará isento de impostos até ao montante equivalente ao salário do Chefe de Estado, a partir desse valor, ser-lhe há tributado o imposto de 60%. 
5. O Estado assegurará as necessárias condições para tornar possível o pagamento integral do valor pedido às instituições bancárias para compra de casa, num período que não pode ultrapassar os 10 anos e em mensalidades que não podem ir além de 20% do salário do comprador. 
6. A administração pública não pode promover, nem mesmo contribuir, directa ou indirectamente, qualquer festividade que represente despesa, por pequena que seja, nem os titulares de cargos públicos e de empresas participadas pelo Estado poderão ser reconduzidos nos cargos, enquanto em seu território houver uma pessoa que não beneficie de todos os direitos consignados na Declaração Universal dos Direitos do Homem. 
A implementação destas medidas, obviamente que não poderiam aplicar-se apenas num país, dado o desequilíbrio que originaria a vários níveis com os restantes países, mas já poderiam ser assumidas por um importante conjunto de países como a União Europeia, com vista à sua aplicação no seio das Nações Unidas. Imagine-se a radical transformação que não sofreria o mundo. Deixaríamos de assistir ao fenómeno da emigração, da imigração e mesmo da migração em grande escala, uma vez que não mais haveria necessidade de cada um deixar as suas terras para tentar escapar à miséria. Pode ser que um dia o povo veja de uma vez por todas que os políticos devem trabalhar se quiserem sobreviver. Esse sinal já foi dado nesta mesma noite em que escrevo estas linhas, ao constatar-se que a maioria dos eleitores portugueses não querem os políticos, ao não se terem dado ao trabalho de votarem para as Europeias. No que diz respeito à velhinha Pátria, penso que algumas famílias políticas têm feito com ela o que faria aquele imoral filho que obrigasse a própria mãe a prostituir-se. É de lamentar que se super-valorize o que é estrangeiro e a auto-estima nacional ande “pelas ruas da amargura”, havendo quem pareça envergonhar-se da Alma Pátria, como se, para curar os seus traumas fosse necessário repudiar o grande património que é constituído pelos Valores que mais contribuem para a nossa identidade. Fosse possível enviar para fora das nossas fronteiras todos quantos parecem ter uma fixação pela “alma” europeísta, e eliminar-se-iam os obstáculos à edificação dos nossos Valores, e assim deixava Portugal de ser tratado como filho bastardo; de ser visto unicamente como o espaço de engorda para os “abutres”; onde o conceito de liberdade permite fazer tudo, ainda que para tal se tenha que recorrer às mais elaboradas artimanhas e se use do cargo para legislar com vista no próprio umbigo (como já vimos com todos os partidos); ao apregoar bem alto e repetidamente o erro com vista a torná-lo norma aceite, enfim, a um sem número de coisas que me deixam a ideia de que anda por aí gente apostada em afundar Portugal.