domingo, 27 de março de 2011

As médicas acharam estranho, e chamaram uma enfermeira

Quarta-feira, 23 de Março de 2011:

Poucos minutos faltavam para as 21h00, meia hora antes da catequese de adultos, quando a Luísa envia uma mensagem ao catequista a informá-lo que não ia poder estar na catequese por se encontrar na Maternidade Magalhães Coutinho, onde aguardava ansiosa o momento de poder conhecer a netinha que estava para nascer. De imediato (às 20h57), respondeu-lhe o catequista: «Vou estar convosco em oração, e pedirei ao grupo que reze comigo. Pediremos a N. Senhora que as assista, como fez com sua prima. Um beijinho.

Na oração com que iniciam cada catequese, o catequista cumpriu com o que tinha dito na mensagem, e todos louvaram a Mãe de Deus, depois de lhe pedirem que assistisse «a mãe e a bebé, como fizera com sua prima Isabel». No final da catequese, a Cristina explicou ao catequista que, aquilo que tentou transmitir-lhe breves minutos depois do início, era precisamente a notícia de que tinha acabado de nascer.

Sexta-feira, 25 de Março, 12h45:

Aquela que há dois dias passara à condição de avó, envia outra mensagem ao catequista: «Olá amigo. A minha menina está com problemas devido à ingestão de líquido durante o parto. Preciso que me ajude a rezar. Conto consigo. Obrigada. Um beij. Luísa»

Daquela vez não houve mensagem de resposta. Talvez porque o coração daquele catequista seja pequeno para estas coisas, estabeleceu outro tipo de comunicação, mais rápida, por não haver necessidade de qualquer teclado: falou ao Coração Misericordioso de Jesus, logo se dispondo ir à igreja, a seguir ao almoço, meditar nas estações da via dolorosa de Cristo (Via-sacra), unindo-se espiritualmente a Ele em tão grande sofrimento.

Preocupando-o ainda o facto de uma outra pessoa amiga ter nesse dia ficado sem trabalho, sugeriu-lhe que fosse com ele percorrer as estações da Via-sacra, e os dois se uniram em tão piedosa devoção.

Nesse mesmo dia à noite (21h35), volta a Luísa a comunicar com o catequista, desta vez por meio de um telefonema, pondo-o ao corrente do que se tinha passado naquele dia. Disse então que o estado da menina deixou duas médicas confusas, uma vez que os valores apurados nas análises feitas indicavam a existência de uma infecção, ainda que de origem desconhecida. Porém a surpresa das médicas não tinha nada a ver com o problema surgido, mas com o facto de um recém-nascido não dar nenhum sinal ou apresentar qualquer sintoma compatível com o que lhe ocorrera. Entenderam ouvir o parecer de outra técnica de saúde com mais anos de carreira, e chamaram uma experiente enfermeira. Se estranho já era o que tinham constatado, uma outra surpresa ainda estava para lhes ser dada pela Maria Rita, a bebé que ainda nem tinha dois dias fora do ventre materno. Depois de ter pegado em tão frágil “botãozinho de rosa”, a enfermeira viu pela primeira vez, em tantos anos de profissão, uma flor desabrochar logo à nascença, ou por outras palavras, um recém-nascido a sorrir. A Maria Rita sorriu para ela, coisa nunca antes vista. Pelo que viu e pelo que terá intuído, disse à mãe da bebé: «Tome a sua filha, mãe, ela não tem nada!»

Sábado, 26 de Março, 22h02:

Mesmo prestes a iniciar um concerto coral de música sacra, o telemóvel de um dos tenores indicava que a avó da Maria Rita queria falar com ele. As circunstâncias obrigaram a alguma economia nas palavras, mas foram as suficientes para que a Luísa lhe dissesse que a menina já não estava ligada a fios ou tubos, porque os valores detectados em novas análises afastavam qualquer preocupação.

As preocupações com o nascimento da Maria Rita tinham iniciado uns dias antes. Porque ela não dava a volta no ventre materno, tudo estava preparado para uma cesariana, quando a avó da nascitura comentou o facto com a Gina, uma colega da catequese, manifestando o desejo “de se agarrar” ao Terço do Rosário. Solícita como é a sua colega Gina, logo tratou de lhe oferecer um lindo terço que tinha no carro, pedindo ao pároco que lho benzesse. No dia seguinte, tudo estava preparado para a cesariana, mas antes de a iniciarem, a médica usou mais uma vez o ecógrafo para determinar o melhor ponto onde fazer o corte, porém, viu-se a equipa médica no dever de mandar a grávida para casa a aguardar que fosse a natureza a operar, uma vez que a bebé tinha dado a volta. E a natureza mostrou à medicina que o momento dela operar só haveria de acontecer nove dias depois.

Pelo início de toda esta história podemos ver que, já antes do seu nascimento, Nossa Senhora fora chamada a cuidar da filha e da neta da Luísa, concluindo-se por este e por tantos outros casos que Ela não deixa de acudir a quem para Seu Filho se volta.

Uma interrogação se nos apresenta quase como que obrigatória: será que foi o Céu a causar uma febre muitíssimo elevada à parturiente (apenas no último momento do parto), para que os médicos fossem alertados para os cuidados que deveriam prestar à bebé? E o estranho é que, logo após o seu nascimento, a febre da mãe desapareceu tão subitamente como tinha aparecido...

O terço oferecido pela Gina, viria a ser recomendado pela avó à sua filha, a mãe da bebé, e depois colocado junto de tão preciosa flor.

Que Deus abençoe a Maria Rita e sua família, e que esta venha um dia a ajudá-la a reflectir sobre a importância do auxílio prestado pela Mãe de Jesus no seu nascimento.
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Nota: Pela informação dada mais tarde por quem gerou todo o movimento, a avó Luísa, a Maria Rita nasceu às 21h35, precisamente a hora em que o grupo estava a “manifestar-se à porta do Céu” para que Nossa Senhora viesse...

sexta-feira, 25 de março de 2011

O significado e o poder do Sinal da Cruz

Sempre que um católico faz as suas orações começa (ou deve começar) por se persigar (do latim per signum, «pelo sinal» +-ar), ou seja, faz três cruzes sobre si: uma na fronte, uma na boca e outra no peito, benzendo-se de seguida.

Modo de persignar-se

Colocando a mão esquerda estendida sobre o peito, traça sobre si três cruzes com o dedo polegar da mão direita, proferindo desta forma a primeira das orações: Pelo sinal da Santa Cruz, livre-nos Deus Nosso Senhor, dos nossos inimigos. De seguida benze-se, descrevendo uma cruz desde a fronte ao peito e de ombro a ombro, concluindo: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.

Esta cruz maior faz-se de forma diferente entre a Igreja do ocidente e a do oriente. Na Igreja do oriente faz-se com os três dedos estendidos (polegar, indicador e médio) e com o anelar e o mínimo recolhidos a tocarem a palma da mão, e do ombro direito ao ombro esquerdo. Os três dedos estendidos a descreverem a cruz querem significar a Trindade que nos abençoa, e os outros dois a dualidade de Cristo, a humana e a divina. Nós, no ocidente, fazemo-la com a mão aberta e do ombro esquerdo ao ombro direito, querendo os cinco dedos significar as cinco Chagas de Cristo.

O significado de cada cruz

1- Ao fazermos a cruz na testa, estamos a pedir a Jesus que impere sobre a nossa inteligência e nossos pensamentos. Dito de outra forma, que nos ilumine e ao mesmo tempo nos proteja de tudo o que nos pode levar a maus pensamentos e nos ajude a ter domínio sobre eles.

2- A cruz na boca quer dizer exactamente a mesma coisa, mas neste caso é sobre as palavras que dela saem e sobre as que nunca dela devem sair, pois é pelas nossas palavras que podemos fazer o nosso semelhante sentir-se agredido ou amado.

3- A terceira cruz, sobre o peito, é para que o nosso coração, os nossos afectos, se tornem semelhantes aos de Cristo, tendo os mesmos desejos e a mesma forma de ver o nosso irmão e ao mesmo tempo para que Ele nos ajude a ser capazes do necessário domínio sobre os maus desejos, sobre a inveja, a raiva e o ódio.

Sabendo o verdadeiro significado de cada gesto, muito agradáveis seremos a Nosso Senhor se nos persignarmos com reverência e respeito, o que implica fazermo-lo devagar, pensando no poder que o santo Sinal da Cruz deve ter em nós, e só assim se manifestará a sua eficácia.

O poder do Sinal da Cruz

O Sinal da Cruz, feito com fé e devoção, tem o poder de afastar o demónio, ajuda a vencer a tentação e protege-nos contra os mais graves perigos. Posso testemunhar que comigo têm acontecido alguns incompreensíveis problemas, até a nível informático, quando a matéria a enviar para alguém vai prejudicar o Maligno por lhe diminuir ou retirar o poder sobre as almas, vendo-me então na necessidade de invocar o poder de Cristo pelo santo Sinal da Cruz, e tudo volta ao normal.

Conhecedores do seu grande poder, já os primeiros cristãos o usavam como protecção contra doenças, pestes, epidemias, perigos de toda a ordem, inclusive contra trovoadas e tremores de terra.

Os Santos e o Sinal da Cruz

Na vida dos santos encontramos inúmeras provas do poder do Sinal da Cruz. Vejamos apenas alguns exemplos:

S. Bento (+ por 547), o Patrono da Europa, num determinado mosteiro estava a ser muito invejado. Concordaram então os malvados monges em envenená-lo, e deitaram veneno na taça de vinho que levaram à mesa. Ao iniciar a refeição, S. Bento abençoou os alimentos, e ao fazer a cruz sobre a taça do vinho aquela estilhaçou completamente, derramando-se toda a mortífera bebida destinada a tirar-lhe a vida.

Cipriano era um feiticeiro que, devido ao seu trato com o demónio, praticava toda a espécie de bruxedos. Com as suas artes mágicas pretendeu levar uma virgem cristã chamada Justina a casar-se com um pagão apaixonado por ela. Vendo que nada conseguia, recorreu à intervenção do demónio, do qual se defendeu a jovem Justina com o Sinal da Cruz. Reconhecendo que a jovem usava de um poder superior ao do demónio, Cipriano rendeu-se a esse poder. Aprendeu a doutrina cristã, converteu-se, foi baptizado, ordenado diácono e mais tarde sagrado Bispo, vindo a padecer o martírio às mãos de Diocleciano, juntamente com a virgem Justina (não confundir com outro S. Cipriano, Táscio Cipriano, Bispo de Cartago, nem cair no erro de crer que o repugnável livro de S. Cipriano tenha qualquer origem em textos do primeiro, como muitos crêm).

À semelhança da jovem Justina, também nós podemos ser protegidos de todo o mal se imprimirmos em nós o profundo sentido do santo Sinal da Cruz. Se o fizermos devotamente, não só nos revestimos de um forte escudo contra o Mal como damos grande glória a Deus.

Os Persas e o Sinal da Cruz

Uma embaixada persa foi à corte de Constantinopla, no reinado do Imperador Focas, e tanto os Embaixadores como o seu séquito eram muçulmanos. Reparando o Imperador que todos aqueles Ministros e oficiais ostentavam na fronte ou nos elmos uma cruz, quis conhecer a razão daquele sinal. Foi, então, esclarecido pelos Ministros: havia alguns anos, uma terrível epidemia assolara a Pérsia e notou-se que os cristãos, porque se benziam, foram poupados pelo tremendo flagelo. Então convencidos do poder da cruz, imitaram os cristãos e viram-se, também eles, livres daquele horrendo flagelo. A partir de tão assombroso resultado, começaram a prestar ao santo Sinal da Cruz o mais profundo respeito. Era aquela a razão de todos eles se apresentarem marcados com a cruz.

Aqueles muçulmanos, acreditando que, à semelhança dos cristãos, nada lhes custava acreditar naquele misterioso poder, a ele recorreram, ainda que para eles Deus Filho e Seu poder fosse algo misterioso, desconhecido. E para nós, cristãos, que significado tem o Sinal de Cristo? Seremos nós dignos dele?

Pois bem, caríssimo leitor: está mais do que na hora de mudarmos completamente o nosso procedimento em relação até à própria forma como usamos o Santo Sinal de Cristo, e assim seremos merecedores das grandes graças que por ele podemos alcançar.

sábado, 19 de março de 2011

O estranho Tom, e o pedido que ele fez ao seu professor

Esta é uma história verídica, narrada por John Powell, S. J., professor de Teologia da Fé, na Loyola University Chicago, EUA.

«Um dia, há muitos anos atrás, eu estava de pé à porta da sala, esperando que meus alunos entrassem para o nosso primeiro dia de aulas do semestre. Foi aí que vi o Tom pela primeira vez. Não consegui evitar que meus olhos piscassem de espanto. Ele estava penteando seus cabelos longos e muito loiros que chegavam uns vinte centímetros abaixo dos ombros. Eu nunca vira um rapaz com cabelos tão longos. Acho que a moda estava apenas começando nessa época. Mesmo sabendo que o que importava não é o que está fora, mas o que vai dentro da cabeça, naquele dia eu fiquei um pouco chocado. Imediatamente classifiquei o Tom com um “E” de estranho… Muito estranho!

Tommy acabou por se revelar o “ateísta de serviço” do meu curso de Teologia da Fé. Constantemente, fazia objecções ou questionava sobre a possibilidade de existir um Deus-Pai que nos amasse incondicionalmente.

Convivemos em relativa paz durante o semestre, embora eu tenha que admitir que às vezes ele era bastante incómodo!

No fim do curso, ele aproximou-se e perguntou-me, num tom ligeiramente irónico: - O senhor acredita mesmo que eu possa encontrar Deus algum dia?

Resolvi usar uma terapia de choque: - Não, eu não acredito! – Respondi.

- Ah! Pensei que era este o produto que o senhor esteve tentando nos vender nos últimos meses. – Respondeu ele.

Eu deixei que ele se afastasse um pouco e falei, bem alto: - Eu não acredito que tu consigas encontrar Deus, mas tenho absoluta certeza que Ele te encontrará um dia.

Ele encolheu os ombros e foi embora das minhas aulas e da minha vida.

Algum tempo depois soube que o Tommy se tinha formado e, em seguida, recebi uma notícia triste:

Ele estava com um cancro em fase terminal. E antes que eu resolvesse se ia à sua procura, ele veio me ver.

Quando entrou na minha sala, percebi que o seu físico tinha sido devastado pela doença e que os cabelos longos não existiam mais, devido à quimioterapia. No entanto, seus olhos estavam brilhantes e sua voz era firme, bem diferente daquele garoto que conheci.

- Tommy, tenho pensado em ti, ouvi dizer que estás doente!

- Ah, é verdade, estou seriamente doente, tenho cancro nos dois pulmões. É uma questão de semanas, agora.

- Tu consegues falar normalmente sobre isso?

- Claro, o que o senhor gostaria de saber?

- Como é ter apenas vinte e quatro anos e saber que estás morrendo?

- Acho que podia ser pior.

- Como assim?

- Bem, eu poderia ter cinquenta anos e não ter noção de ideias, ou ter sessenta anos e pensar que bebida, mulheres e dinheiro são as coisas mais “importantes” da vida.

Lembrei-me da classificação que lhe atribuí: “E” de “estranho” (parece que as pessoas que recebem classificações desse tipo, são enviadas de volta por Deus para que eu possa repensar o assunto).

- Mas a razão pela qual realmente vim vê-lo foi a frase que o senhor me disse no último dia de aulas.

Continuou o Tom: - Eu lhe perguntei se o senhor acreditava que eu encontraria Deus algum dia, e o senhor respondeu “Não”, o que me surpreendeu. Em seguida o senhor disse: “mas Ele te encontrará”. Eu pensei um bocado a respeito daquela frase, embora na época não estivesse muito interessado no assunto. Mas quando os médicos removeram um nódulo da minha virilha e me disseram que se tratava de um tumor maligno, comecei a pensar com mais seriedade sobre a ideia de procurar Deus. E quando a doença se espalhou por outros órgãos, eu comecei realmente a dar murros desesperados nas portas de bronze do paraíso. Mas Deus não apareceu. De facto, nada aconteceu. O senhor já tentou fazer alguma coisa por um longo período sem sucesso? A gente fica cansada, desanimada. Um dia, ao invés de continuar atirando apelos por cima do muro alto atrás de onde Deus poderia estar… ou não… eu desisti, simplesmente. Decidi que de facto não estava me importando… com Deus, com uma possível vida eterna ou qualquer coisa parecida. E decidi utilizar o tempo que me restava fazendo alguma coisa mais proveitosa. Pensei no senhor e nas suas aulas e lembrei-me de uma coisa que o senhor havia dito noutra ocasião: “ A tristeza mais profunda, sem remédio, é passar pela vida sem amar. Mas é quase tão triste passar pela vida e deixar este mundo sem jamais ter dito às pessoas queridas, o quanto você as amou.” Então resolvi começar pela pessoa mais difícil: meu pai.

Ele estava a ler o jornal quando me aproximei dele: - Pai… - Sim, o que é? Perguntou ele, sem baixar o jornal. – Pai, eu gostava de conversar consigo. – Então fala. – É um assunto muito importante!

O jornal desceu alguns centímetros, vagarosamente. – O que é? – Pai, eu amo-o muito. Só queria que o pai soubesse disso.

O jornal escorregou para o chão e meu pai fez duas coisas que eu jamais havia visto: Ele chorou e abraçou-me com força. E conversámos durante toda a noite, embora ele tivesse que ir trabalhar na manhã seguinte. Foi tão bom poder sentar-me junto do meu pai, conversar, ver suas lágrimas, sentir seu abraço, ouvi-lo dizer que também me amava! Foi uma emoção indescritível!

Foi mais fácil com a minha mãe e com o meu irmão mais novo. Eles choraram também e nós nos abraçámos e dissemos coisas realmente boas uns para os outros. Falámos sobre as coisas que tínhamos mantido em segredo por tantos anos, e que era tão bom partilhar. Só lamentei uma coisa: que eu tivesse desperdiçado tanto tempo, privando-me de momentos tão especiais. Naquela hora eu estava apenas começando a abrir-me com as pessoas que amava.

Então, um dia, eu olhei, e lá estava “ELE”. Ele não veio ao meu encontro quando lhe implorei. Acredito que estava agindo como um domador de animais que, segurando um chicote, diz: -Vamos, pula! Eu dou-te três dias… Três semanas…

Parece que Deus não se deixa impressionar. Ele age a Seu modo e a Seu tempo. Mas o que importa é que Ele estava lá. Ele me encontrou… O senhor estava certo. Ele me encontrou mesmo depois de eu ter desistido de procurar por Ele.

- Tommy (disse eu bastante comovido), o que estás a dizer é muito mais importante e muito mais universal do que podes imaginar. Para mim, pelo menos, estás a dizer que a maneira certa de encontrar Deus, não é fazer d’Ele um bem pessoal, uma solução para os nossos problemas ou um consolo em tempos difíceis, mas sim tornando-se disponível para o verdadeiro Amor. O Apóstolo João disse isto: “Deus é amor e quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele”.

Tom, posso pedir-te um favor? Tu sabes que me deste bastante trabalho quando foste meu aluno. Mas (aos risos) agora podes-me compensar por aquilo. Tu virias à minha aula de Teologia da Fé e contarias aos meus alunos o que acabaste de me contar? Se eu lhes contasse não seria a mesma coisa, não tocaria tão fundo neles!

- Oh!... Eu me preparei para vir vê-lo, mas não sei se estou preparado para enfrentar os seus alunos.

- Então pensa nisso. Se te sentires preparado, telefona-me.

Alguns dias mais tarde, Tom telefonou e disse que falaria com a minha turma. Ele queria fazer aquilo por Deus e por mim. Então marcámos uma data. Mas, o dia chego e… ele não pode ir. Ele tinha outro encontro, muito mais importante do que aquele. Ele se foi… Tom havia dado o grande passo para a verdadeira realidade.

Ele foi ao encontro de uma nova vida e de novos desafios.

Antes de ele morrer, ainda conversámos uma vez.

– Não vou ter condições de falar com a sua turma – disse ele.

Respondi: - Eu sei, Tom.

- O senhor falaria com eles por mim? O senhor falaria… com todo o mundo por mim?

- Vou falar, Tom. Vou falar com todo o mundo. Vou fazer o melhor que puder.

Portanto, a todos vós que fostes pacientes, lendo esta declaração de amor tão sincero, obrigado por fazê-lo.

Em homenagem ao Tommy, ai está:

Eu falei com todo o mundo… Do melhor modo que consegui. E espero que as pessoas que tiveram conhecimento desta história, possam contá-la aos seus amigos, para que mais gente possa conhecê-la…»

“Não digas para Deus que tu tens um grande problema, diz para o teu problema que tu tens um grande Deus.”

sexta-feira, 18 de março de 2011

Condenada à prisão por defender a inocência das crianças

Segundo a revista Kathlisches, de 9 de Fevereiro de 2011, no passado dia 3 de Fevereiro, em Salzkoten, Alemanha, uma mãe de 12 filhos foi condenada a 43 dias de prisão efectiva, porque ela e seu marido não permitiram, por razões de convicção religiosa, que três de seus filhos participassem nas aulas de educação sexual do ensino oficial.

Os pais invocaram os direitos consignados na Convenção Europeia, perante a qual a escola está obrigada a garantir o respeito pelas convicções religiosas dos pais, Convenção que diz a determinado ponto (Artº 2º do 1º Prot. de Adit.): “O Estado, no uso de suas prerrogativas nos campos da educação e do ensino, tem o particular dever de respeitar os direitos dos pais, assegurando educação e ensino de acordo com as convicções pessoais deles sobre a religião e o mundo.”

Uma outra mãe de nove filhos, o mais velho com 14 anos e o mais novo com 10 meses, é igualmente ameaçada de prisão por 21 dias, como sucedera previamente a seu marido, porque também ela, pelas mesmas razões de fé e convicções religiosas, insiste na defesa dos seus direitos quanto à educação dos filhos.

Estamos perante o caso mais flagrante dos ideais maçónicos encapotados de democracia. A verdade é que,não houvesse quem quisesse fazer valer os seus direitos, e a falsa intenção plasmada no texto, a de dar aos pais o soberano direito de decisão, passaria despercebida. Tomá-la-íamos como preocupação com os direitos, liberdades e garantias, aplaudindo-a como democrática salvaguarda desses direitos sem que nos apercebêssemos de tamanha impostura.

Em Portugal, a mesma escola ideológica já impôs às crianças da primária a perda da inocência, com aquilo a que chamam “educação sexual”.

Só os mentecaptos é que não conseguirão ver o que está por trás das mentes daqueles que activamente trabalham contra a Igreja e a Família. É um combate dirigido por Satanás, aquele com quem se prostituiram e a quem têm por mestre e pai. Astuto como ele é, fá-los agir sob uma bandeira que nos é apresentada com as cores do progresso, da globalização, do conhecimento, enfim… e com ela nos tapam os olhos para não enxergarmos os demónios travestidos de humanos com poder.

Na União Europeia, com um governo que exclui da sua Constituição um passado cristão e nessa renegação chega ao ponto de editar agendas onde os dias cristãmente assinalados constam como dias normais, continua-se a construir a "Torre de Babel". Em Portugal, com o Resort de luxo para “bichas” que é o casamento homossexual, concluíram-se Sodoma e Gomorra.

Com este tipo de linguagem, dirão alguns dos leitores: lá vem mais um profeta da desgraça. Pois eu digo-vos, caríssimos: tal como nos casos bíblicos, Deus não deixará passar incólume tamanha petulância humana. A fétida podridão moral desta abjecta sociedade fará cair a Sua ira sobre esta geração depravada. Ai daqueles que vivem ociosa e descontraidamente nestas Sodoma e Gomorra que é a promiscuidade! Ai ainda daqueles que as têm ajudado a construir, ao difundirem ideias que lhes são favoráveis! Mais lhes valeria não terem nascido.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Assim procedeu o Rei em tempo de crise

Pessoa amiga enviou-me hoje um e-mail, explicando que o recebera de um outro seu amigo, a quem louvava a seriedade intelectual, apesar ser um dos republicanos mais convictos que ele conhece. Esse seu amigo republicano, enviou-lhe a imagem com o texto que a antecede e que aqui dou a conhecer:

«E os republicanos acusaram o rei de não se preocupar com os problemas do país!... Em 1892, o rei D. Carlos doou 20% (!) da sua dotação anual para ajudar o Estado e o País a sair da crise criada pelo rotativismo dos partidos (nada de novo, portanto). Se calhar, foi por isso que, mais tarde, o haviam de matar. Não se pode consentir que alguém dê, num país onde o costume é tirar... O melhor, se calhar, é ter cuidado...»