quinta-feira, 19 de março de 2009

A Nova Era e a Nova Ordem Mundial

A origem da "Nova Era" (New Age, em inglês), está ligada ao nome de Helena Petrovna Blavatsky, nascida na Rússia em 1851, naturalizada norte-americana em 1874 e falecida em1891. Nas suas viagens conheceu as doutrinas místicas do Oriente. Era médium espírita, e por dez anos esteve sob o domínio de um espírito demoníaco que ela denominava de "mestre cósmico" ou "espírito cósmico."

Helena P. Blavatsky, é considerada a fundadora do movimento, mas, segundo ela, o plano da criação do movimento não partiu dela, mas sim de seus "mestres cósmicos", ao ter sido "encarnada" por um espírito (da parte do Satanás). Após 21 dias de êxtase, recolhida dentro de um salão espírita, ela recebeu todas as directrizes do plano que mais tarde iria ser chamado de "Movimento da Nova Era."

Em consequência, no ano de 1875, na cidade de Nova Iorque, foi fundada a Sociedade Teosófica, dentro da qual se cultivou o Movimento da Nova Era, o qual deveria ser guardado em segredo durante cem anos, segundo os "espíritos cósmicos".

O Teosofismo apresentado por Helena é uma doutrina secreta. Afirma que é possível reinterpretar o cristianismo mediante uma chave espiritual que foi perdida pelas igrejas Cristãs, mas encontrada por ele. Dizem que o próprio Jesus teria sido esotérico, teria aprendido com os essénios e transmitido os ensinamentos a seus discípulos predilectos.

Após a morte de Helena, sua sucessora foi Annie Béssant. Ela fomentou a expectativa da vinda de um novo messias. Para isto, preparou um jovem hindu, dando-lhe formação em todos os sentidos. Quando porém, estava para apresentá-lo ao mundo como "Messias", o pai do jovem denunciou publicamente a farsa. Enquanto isso, o jovem encantado com os prazeres da vida nova-iorquina resolve desistir e abandonar seu falso papel.

A terceira presidente da Sociedade Teosófica foi a inglesa Alice Bailey (× 1880 a † 1949) que tendo imigrado para os Estados Unidos ficou sendo reconhecida como suma-sacerdotiza da Nova Era. Dizia receber mensagens de um "Mestre da sabedoria" que havia vivido no Tibete. Estas mensagens psicografadas foram publicadas em numerosos livros como doutrina secreta do "Plano". Para dar início ao estabelecimento da "Nova Ordem Mundial" o plano tem como primeiras linhas orientadoras a natureza (ecologia) e a sociedade, entre a economia e a ciência. Tudo deve transformar-se para uma grande "unidade plena", total. "Deus e o mundo, o espírito e a matéria, o homem e a natureza, o corpo e alma, o eu o tu, tudo deverá tornar-se uma grande unidade animada de espírito".

Para melhor entendermos o que está veradeiramente por detrás desta tão grande crise de valores, neste tempo em que tudo é relativo e se aceitam e vivem ideias contrárias à matriz religiosa e cultural de cada um, importa que recuemos um pouco no tempo, antes de Helena Petrovna Blavatsky, para ficarmos também com uma ideia das ocultas razões que se escondem por detrás da crise económica mundial.

Politicamente falando, em 1750, Anxel Moses Bowel, um judeu-alemão ouvires, teve um filho chamado Mayer Houtyuti que se tornou banqueiro. Anxel enviou 5 dos seus filhos para as principais cidades européias com o objetivo de criar bancos e dominar toda a economia.
Em 1773, Mayer associou-se a 12 homens poderosos e formou o clube dos 13. Chamaram um sacerdote satânico, chamado Adam Wishop, que elaborou um plano em 1776 com um símbolo de uma pirâmide com 13 degraus e um olho dentro que representava satanás vendo tudo. A nota de dólar tem esse símbolo e uma data em numeração romana que é 1776. Coincidência?

Nos finais do século XIX, o “Grande Comandante da Maçonaria” Norte-americana, Albert Pike, viria a ser um dos arquitetos da Nova Ordem Mundial, pelo que, não se pode falar do actual estado das sociedades sem considrarmos os seus maiores responsáveis, que é a maçonaria, ingrediente da mesma sopa cozinhada pelo próprio Satanás.


A Nova Era como religião

Como o anúncio do Plano da Nova Ordem Mundial, também deveria ser apresentado o "Cristo da Nova Era" que vai fundar ou já fundou a nova religião mundial. Na Alemanha ele foi anunciado em 1982. Revistas e jornais trouxeram páginas inteiras dizendo: "Cristo agora está entre nós. Ele não vem para nos julgar, mas para ajudar a humanidade e inspirá-la. Ele é Maitreya, o "educador" da nova geração humana". Vive num lugar desconhecido; somente alguns dos discípulos mais próximos sabem onde ele se encontra. Seu precursor é o escocês chamado Benjamim Creme. O centro de planeamento quando o movimento ainda estava oculto em Nova Iorque, era o "Lucis Trust" (Editora Lúcifer), hoje o movimento conta com uma rede de editoras no país.

Dentro do seu plano de pseudo religião, a Nova Era possui leis, mandamentos, "escrituras sagradas", orações, etc... Possui também sacerdotes e profetas com forças "sobrenaturais" e até mesmo um novo messias, capazes de realizar grandes sinais e operar maravilhas.

Ensinam que o homem é deus e criou Deus conforme sua própria imagem. Portanto, o Deus que os cristãos adoram seria criação do próprio homem. Por isso, consideram o homem como parte da divindade, da consciência cósmica e da "força". Cada pessoa precisa apenas descobrir e desenvolver a sua divindade. Para isso há numerosos cursos especiais, como por exemplo: "Pró-Vida", Integração Cósmica" e outros.

Tudo isso nos diz, em última análise, que para os adeptos da Nova Era o caminho de vida dos homens e mulheres nada mais é do que a divinização do ser. Afirmam também que todo o homem pode ser absorvido completamente pelo espírito do deus da "força" ou do "poder". Isto porque Deus não é pessoa, mas uma energia, consciência cósmica universal. Cada pessoa é um universo, conhece tudo.

Acreditam que esta força neutra considerada como Deus, possa ser manipulada para o bem ou para o mal. E, por isso, há grande interesse em aprender as práticas pelas quais poderão realizar tal manipulação. E, isto aprendem, dizem eles, através do pensamento positivo, exercitando meditação transcendental, ioga, etc... Assim pretendem responder ao vazio deixado pelo materialismo.

Numa meditação chamada "Meditação da cura do mundo", dizem: "No princípio Deus criou os céus e a terra... Agora chegou o tempo do novo princípio. A humanidade volta à sua filiação divina, ao ser divino... Que possibilidades se estão abrindo para os homens... Que maravilhas estarmos unidos mundialmente, irradiando luz, amor, pensamento de paz para o mundo, para cada pessoa, para tudo o que existe em Deus".


A Nova Era admite a rencarnação

A doutrina da Nova era nega que a morte seja definitiva. O homem não morre definitivamente, mas renasce em novos ciclos de vida. Ensina também que o homem pode salvar-se a si mesmo, pode chegar a ser Deus. Também não há redenção por Jesus Cristo porque o homem redime-se a si mesmo.


A Nova Era é um perigo

Ela gera confusão. Muitos acham que ela não é um movimento estruturado, mas um alimento espiritual, um caminho para a evolução espiritual do homem, uma passagem ou transição de uma realidade mundial a outra. São várias opiniões, mas se reflectirmos sobre o conteúdo mais profundo deste movimento vamos descobrir que ele não é tão religioso e tão "inocente" como muitos pensam e dizem. Nele há muita coisa oculta, secreta, como oculto procura sempre ser o seu verdadeiro fundador, o Inimigo.

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Fontes:
http://www.geocities.com/athens/parthenon/5132/newage.html

http://www.igrejaimdv.com/diversos.php?id=14&Tp=2

http://www.exsurgedomini.xpg.com.br/apologeticas/nova%20era/textosnovaera/simbolosdanovaera.htm, que por sua vez tem as seguintes referências bliográficas:

Extraído do Livro: Guerra Espiritual, do Pe. George W. Kosicki.
Revista,"Cavaleiro da Imaculada" Nº 9 de Setembro de 1993; Nº 10 de Outubro de 1993 e Nº 12 de Dezembro de 1993.


Revista, "Jesus vive e é o Senhor" Nº 180, de Julho de 1993. (Traduções de matérias publicadas nas revista alemãs: "BASIS" de Outubro de 1987 e "Werk der Kleinem Seelen" de Agosto de 1988. E, do Jornal "Bonifatiusbote" da diocese de Limburgo, Rottenburg em Stuttgart dos anos de 1987 e 1988).

sábado, 14 de março de 2009

A oração de uma criança

Era Quinta-feira, 17 de Julho, um dia como tantos outros, mas diferente para o Victor Manuel, que, num grave acidente de trabalho, originado por uma queda de nove metros de altura, passou à ténue fronteira que se situa entre a vida e a morte.

Do trágico acidente, resultaram-lhe fracturas graves na bacia, clavícula esquerda e toda a parte dorsal do mesmo lado, com fracturas em quase todas as costelas.

Na mesa de operações, depois de diagnosticados traumatismos em vários órgãos, como o sistema hepático, foi-lhe retirado o baço. Mas porque o seu estado era demasiado crítico, os médicos nada mais puderam fazer para além de procurarem retardar-lhe a morte, ligando-o às máquinas que permitem manter o estado de coma por tempo indeterminado.

À mãe, procuraram poupá-la do prognóstico, mas para uma irmã que o acompanhava mais de perto, foram peremptórios, dizendo-lhe que se preparasse para aquilo que só um milagre poderia evitar, e que fosse preparando a família.

A Inês, sobrinha do malogrado Victor, que tinha acabado de completar sete anos, tendo visto o tio naquele estado, foi sujeita a uma experiência que a levaria a estar na base dos acontecimentos que se seguiram.

Num povoado da Ericeira, onde a criança de expressivos olhos azuis passou a morar, houve no final de Agosto a procissão da Sagrada Família, na qual quis participar de princípio ao fim, o que constituiu algum sacrifício para a bisavó paterna, que teve que a acompanhar em todo o relativamente longo percurso.

Terminado o religioso cortejo e já no interior da igreja, saiu do lugar onde estava e, dirigindo-se lá à frente – não sei se aos pés do andor ou do altar de Nossa Senhora –, recolheu-se em oração.

Apreciando tão piedosa atitude, a bisavó, ao vê-la regressar ainda de mãos postas em gesto de oração, fez-lhe uma pergunta, cuja resposta foi tão simples quanto seria de esperar de uma criança: «Estive a pedir ao Jesus que tirasse o meu tio daquelas máquinas, porque eu não quero que ele esteja assim».

Entretanto, no hospital, o estado do Victor tinha-se agravado, facto que levou os médicos a decidirem fazerem-lhe uma traqueotomia, ou seja, abrirem-lhe um buraco na traqueia, impedindo assim que a morte lhe adviesse por asfixia.

Quando aquele dia de Domingo chegava ao fim (o dia da procissão), deixava ao mesmo tempo de haver necessidade daquela derradeira intervenção, que era apenas uma última tentativa para retardar um pouco mais o que há muito era esperado, deixando também de haver necessidade de as máquinas continuarem ligadas, e acabaram por desligá-las.

Chegada a hora da visita no dia seguinte, a angustiada mãe, ao dirigir-se à cama do filho, recebeu o choque de ver a cama vazia…

Dirigiu-se ao telefone e ligou à filha a dar-lhe a notícia. Foi então que esta lhe deu conta do que no dia anterior se tinha passado com a pequena Inês e, ligando as coisas, apenas se limitou a constatar a irrefutável verdade, uma vez que, antes da procissão, seu irmão tinha piorado, quando se encontrava em coma, e depois dela, não só retrocedeu na caminhada para a morte que estaria eminente, como, pelo seu próprio pé – ainda que ajudado – saiu da cama, deixando todos aqueles tubos e passou a um sofá onde a mãe o foi encontrar bem refastelado.

Pouco mais de quinze dias depois, também eu fiquei surpreendido ao vê-lo na rua a sair do autocarro, ao regressar de uma consulta no hospital.

A Inês, que tinha manifestado aos pais vontade nesse sentido, anda agora na catequese, e o Victor Manuel, que tem cinquenta anos, é agora catecúmeno, uma vez que se está a preparar para o Baptismo.

Para terminar bem, poderia nada mais escrever, mas há apenas um pormenor que julgo não poder dissociar de toda esta história, que é o facto de, nestes últimos anos, também ele, deslocando-se à Ericeira, ter participado naquela procissão com devoção.

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DE ARAÚJO DOS SANTOS, José Augusto, A oração de uma criança, In Notícias de Chaves, Nº 2448 (05-12-97), p.2