domingo, 25 de setembro de 2011

Jovem religiosa defende o uso público do hábito desafiando a Cristofobia

Retirado de: http://revculturalfamilia.blogspot.com/  

A Irmã Ana Verónica, oblata de São Francisco de Sales em Paris, foi convocada juntamente com vários outros professores de Filosofia ao Liceu Carnot, da capital francesa.

O objectivo da reunião era combinar a correcção de muitas provas da matéria que tinham ficado sem corrigir no fim do ano escolar.

Ela se apresentou como de costume: com o hábito completo do instituto religioso a que pertence.

Sua presença foi pretexto para um rebuliço. Professores laicistas e socialistas exigiram das autoridades do Liceu a expulsão da religiosa. Pretextavam que ela ofendia a laicidade e, de forma caricata e ofensiva, compararam seu hábito com o véu islâmico.

As autoridades nada fizeram, pois sabiam que o procedimento da religiosa era irrepreensível do ponto de vista legal.

Os professores laicistas exigiram que ela tirasse o hábito. “V. poderia ser mais discreta!”, desabafou uma professora laicista.

- “Eu não posso fazer melhor nem pior. Eu devo levá-lo”, respondeu a jovem religiosa.

Os jornais fizeram estardalhaço com o facto e o secretariado geral do ensino católico exigiu que a irmã Ana Verónica desse prova de “juízo” e comparecesse usando roupas civis.

Com tom sereno e respeitoso, mas firme, a freira respondeu a seus detractores em carta publicada pelo jornal parisiense “La Croix”, de 13-07-2011:

“Nós repetimos claramente que jamais tiraremos nosso hábito. ...

“Um hábito religioso é o sinal da resposta a um chamamento para se consagrar a Deus, que nem todos os baptizados recebem.

“Desde 8 de Setembro de 2004, data de minha entrada na vida religiosa, minha vida mudou muito e o hábito não é mais que a expressão visível disso.

“Comparecer agora de outra maneira, sem o hábito religioso, é uma coisa impossível para mim, pois eu não uso mais outros vestidos que não sejam os de minha consagração religiosa.

“Eu não sou religiosa por horas.

“Fazemos a profissão para viver seguindo Cristo até a morte.

“Esta consagração religiosa inclui todas as dimensões de nosso ser: corpo, coração, alma e espírito.

“O jovem homem rico do Evangelho recuou diante do apelo de Jesus para segui-Lo, quando Ele pousou seu olhar sobre ele.

“Isso significa que a decisão de se consagrar a Deus não é fácil de tomar. Ela pressupõe certas renúncias...

“O hábito religioso é sinal desse facto. Ele pode, portanto, ser um sinal de contradição. Nós sabemos que nosso hábito não deixa indiferentes as pessoas. Ele é um testemunho da presença de Deus.

“Por meio dele nós relembramos, de modo silencioso mas eloquente, que Deus existe neste mundo que se obstina a não querer pensar nem sequer na possibilidade da transcendência divina.

“Mas, Jesus nos diz no Evangelho que “o servo não é maior do que o seu senhor”. Vós conheceis a continuação? “Se me perseguiram, também vos hão de perseguir” (Jo 15, 20).

“E Jesus acrescentou: “As pessoas vos tratarão assim por causa de Mim, porque eles não conhecem Aquele que me enviou” (Jo 15, 21).

A carta da corajosa irmã Ana Verónica causou viva impressão na França.
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Nota: Pesquisando pelo título O hábito foi a sua armadura, ou indo ao arquivo do mês de Fevereiro de 2007, poderá ler o relato de um episódio por mim presenciado e aproveitado para me pronunciar sobre o uso do trage religioso.

1 comentário:

Francisco Melo disse...

Maravilhosa resposta da irmã, cumprindo-se o que JESUS já nos havia ensinado sobre testemunho e nossa defesa, diante dos ataques da mentira.

Caberia perguntar aos "laicistas" se são a favor da mini-saia nas escolas. E fazermos as comparações:

1. O hábito da irmã, é o sinal da sua consagração a DEUS. Ofende a DEUS? E o Diabo, concorda com isso? Coisa boa ou má?

2. A mini-saia serve para quê? Ofende DEUS? E o Diabo, concorda com isso? Coisa boa ou má?

Os "laicistas" até saberiam dar a resposta correcta a esta dupla questão.