quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Relato-testemunho de Maria Luísa, sobre o atentado na igreja de Madrid

Retirado de http://www.virgendolorosa.net/
Traduzido por José Augusto Santos

O meu nome é Maria Luísa e quero dar testemunho do que considero um milagre do Senhor na minha vida.

Em primeiro lugar, dou graças a Deus por esta experiência, na qual pude comprovar a protecção do Senhor e sua misericórdia.

O falar dela, com o tempo deixará de ser notícia, mas no meu coração e meu corpo, levo gravado a fogo, que Deus estava comigo naqueles momentos tão difíceis. Como me pediram que explique o que senti, tenho que voltar atrás a duas experiências ocorridas no tempo.

Há 30 anos que vim ao Escorial e Amparo Covas (Amparo Cuevas) dirigiu-se a mim, depois do rosário e pediu-me que rezasse, e disse-me que a Virgem lhe tinha dito que tínhamos que rezar muito pela humanidade. Também me impressionaram as suas palavras quando acrescentou que eu era uma eleita de Deus. Estas palavras ajudaram-me nos momentos de prova, para buscar mais a sabedoria que vem do alto.

Uns días antes do atentado contra a minha vida em 29 de Setembro de 2011, estive em Prado Novo e o Emílio disse-me que podia tocar o freixo das aparições, já que estava aberto o gradeamento que o rodeia. Logo me entregou sete estampas da Virgem das Dores, as quais passei pelo tronco fazendo o sinal da cruz. Disse-me que me serviriam para me proteger.

Eram as 20 horas de Quinta-feira 29 de Setembro e fui à celebração da Santa Missa na Paróquia de Santa Maria do Pinhal. Nunca imaginei o que ia acontecer aquela tarde e como ia influenciar a minha vida.

Ouvi um disparo e gritos. Voltei-me e levantei-me do meu banco e em frente a mim um homem com uma pistola que me apontava enquanto me sorria. Pelos seus olhos de louco pensei que me ia disparar à queima-roupa e que me mataria. Pois a experiência que tenho que partilhar, foi a enorme paz que senti no espírito, enquanto me olhava. Disparou-me um primeiro impacto no tórax e tombou-me no chão. Enquanto caía, recebi um segundo impacto no peito.

Uma vez no chão, consciente da gravidade, pensei, não tenho medo de morrer, e sobre tudo estando neste lugar Sagrado, a minha alma irá directamente para o céu. Nesse momento, ouvi uma voz no meu ouvido direito que me repetia “não vais morrer” “não vais morrer”três ou quatro vezes. Ao meu lado não havia nada físico pelo que entendo que o Senhor me estava fortalecendo.

Levantei-me sozinha, ao ouvir que o assassino se tinha suicidado e pedi ajuda. A pessoa que me ajudou e tapava os buracos das balas, chamava-se Jesús, um freguês da Paróquia. Enquanto chegavam os serviços do SAMUR, uma senhora abanava-me, porque eu sentia muito frio pela perda de sangue.

Cheguei ao hospital e os médicos tiveram que me fazer duas vezes uma TAC, porque não podiam compreender que as trajectórias das balas não me tenham feito nenhum dano interno. Tinha cinco buracos de entrada e saída de bala, e uma queimadura superficial, produzida por uma das duas balas, e os médicos repetiam: “ Não entendemos o que vemos, é um milagre”. Nas posteriores consultas, confirmaram que continuam sem entender que esteja viva sem me danificar nenhum órgão. A minha recuperação foi meteórica e aos três dias e meio estava em minha casa e só tenho dores controláveis no tórax.

Aos três dias de sair do hospital, senti a necessidade de ir a Prado Novo dar graças à Virgem por me ter amparado.

Por último, como disse ao princípio, esta experiência tão dura, incrementa a minha Fé no Senhor e o meu desejo de compartilhar o seu Amor e a sua Fidelidade.

Mª Luisa Fernández
Madrid, 5 Novembro de 2011

1 comentário:

Unknown disse...

Que belo e fantástico testemunho... sem dúvida que quem se entrega a Deus tem de confiar. E isso há-de ser um caminho na vida de cada um e em cada dia... a confiança cresce quanto maior for a relação com Deus.
Obrigado por esta "Ideia Positiva! :-)