domingo, 26 de junho de 2011

Confissão de um ex-abortista

Por Bernard Nathanson, em 22 de Março de 2006

Sou pessoalmente responsável por 75.000 abortos. Isso legitima minhas credenciais em me dirigir a vocês com alguma autoridade sobre o assunto. Fui um dos fundadores da National Association for the Repeal of the Abortion Laws (NARAL) nos EUA em 1968. Uma pesquisa de opinião confiável mostraria que, à época, a maioria dos americanos seria contra o aborto. Em cinco anos nós convencemos a Suprema Corte dos EUA a oficializar a decisão que legalizou o aborto por toda a América em 1973 e permitiu o abortamento sob demanda até ao nascimento. Como fizemos isso? É importante entender as tácticas envolvidas porque estas mesmas tácticas estão sendo utilizadas por todo o ocidente com uma ou outra mudança, de modo a alterar as leis sobre o aborto.

A primeira táctica foi capturar os media

Persuadimos os media de que a causa da tolerância ao aborto era uma causa esclarecida e sofisticada. Sabendo que se uma pesquisa de opinião confiável fosse feita seríamos sonoramente derrotados, simplesmente fabricamos os resultados de pesquisas fictícias. Anunciamos aos media que fizemos pesquisas e que 60% dos americanos eram favoráveis ao aborto. Essa é a táctica da mentira auto-realizada. Criámos simpatia suficiente para vender nosso programa de aborto fabricando o número de abortos ilegais feitos anualmente nos E.U.A. Os números reais atingiam 100.000 mas repassávamos aos media 1.000.000. Repetir a mentira incessantemente convence o público. O número de mortes de mulheres devido a abortos ilegais era em torno de 200-250 anualmente. Passávamos aos media o número de 10.000. Essas falsas estimativas criaram raízes na consciência dos americanos convencendo muitos de que precisávamos derrubar a lei contrária ao aborto. Outro mito que alimentámos na opinião pública via media foi que a legalização do aborto significaria somente que os abortos outrora feitos ilegalmente, a partir de então seriam feitos legalmente. Na verdade, é óbvio, o aborto está sendo utilizado como o principal método de controlo de natalidade nos EUA e o número anual de abortos aumentou em 1500% desde a legalização.

A segunda táctica foi “dar a cartada Católica”

Aviltámos sistematicamente a Igreja Católica e suas “ideias socialmente retrógradas” e apontámos a hierarquia da Igreja como os vilões que se opunham ao aborto. Esse tema foi tocado incessantemente. Alimentámos os media com mentiras do tipo “todos nós sabemos que a oposição ao aborto vem da hierarquia e não da maioria dos católicos” e “pesquisas de opinião provam que a maioria dos católicos querem reforma na lei contra o aborto”. E os media bombardearam isso sobre o povo americano, persuadindo-o de que todo aquele que se opusesse ao aborto devia estar sob influência da hierarquia da Igreja e que os católicos a favor do aborto eram esclarecidos e progressistas. Uma inferência a essa táctica foi que não havia grupos não católicos se opondo ao aborto. O facto de que outras religiões cristãs bem como não cristãs foram (e ainda são) monoliticamente opostas ao aborto foi constantemente suprimido, junto de opiniões de ateístas pro-vida.

A terceira táctica foi o descrédito e a supressão de toda a evidência científica de que a vida começa na concepção

Perguntam-me com frequência o que me fez mudar de opinião. Como mudei de abortista proeminente a advogado pró-vida? Em 1973, tornei-me director de obstetrícia de um grande hospital na cidade de Nova Iorque e tinha que organizar uma unidade de pesquisa pré-natal, no início do surgimento de uma grande tecnologia que hoje utilizamos diariamente para estudar o feto no útero. Uma táctica pró-aborto favorita é a insistência em que a definição do instante em que começa a vida é impossível; que a questão é teológica, moral ou filosófica, tudo menos científica. A fetologia traz uma evidência inegável de que a vida começa na concepção e requer toda a protecção e salvaguarda de que qualquer um de nós desfruta. Por que, você poderia perguntar, alguns médicos americanos cientes das descobertas da fetologia, desacreditam de si mesmos efectuando abortos? Aritmética simples, a 300 dólares por aborto, 1.55 milhões de abortos significa uma indústria gerando 500.000.000 de dólares anualmente, dos quais a maioria vai para o bolso do médico que fez o aborto. É claro que o aborto é propositadamente a destruição do que é inegavelmente vida humana. Isso é um acto de violência mortal. Devemos considerar que a gravidez não planeada é um dilema penosamente difícil, mas enxergar sua solução em um acto de destruição deliberada é abusar da ilimitada ingenuidade humana e entregar a saúde pública à clássica resposta utilitária a problemas sociais.

Como cientista eu sei, não por crença, que a vida humana começa na concepção. Embora eu não seja um religioso, creio de todo o meu coração que há uma divindade que nos leva a declarar o término final e irreversível a esse crime contra a humanidade, infinitamente triste e vergonhoso.

[N.T] Dr. Bernard Nathanson é autor de Aborting America e produtor do filme chocante e revelador The Silent Scream. No final dos anos 1970 abandonou a prática e a militância pró-aborto tendo se tornado activista pró-vida.

Fonte: http://www.aboutabortions.com/Confess.html
Traduzido exclusivamente para http://www.mediasemmascara.org/ por Gerson Faria

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Dr. Nathanson explicando um dos métodos utilizados: http://www.youtube.com/watch?v=gcER073nhZ8

Palavras de uma sobrevivente de um aborto: http://www.youtube.com/watch?v=gcER073nhZ8

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