"Não há nenhuma felicidade fora da ordem moral"
Depois
de uma vida desregrada, Eric Hess, activista gay de Wisconsin, Estados Unidos,
encontrou-se com um homem de fé - o Cardeal Raymond Burke - e com a
misericórdia divina. Em agosto de 1998, ele decidiu abandonar o pecado do
homossexualismo e viver a castidade. É o que Eric conta em um testemunho
publicado na revista Celebrate Life Magazine,
no ano de 2011. “Enquanto alguns criticam o arcebispo Burke por sua fidelidade
a Deus, à Igreja e às almas, eu digo que ele é um verdadeiro pastor dos fiéis e
um Atanásio dos nossos dias”.
Por
Eric Hess
Minha atracção homossexual começou, para
ser sincero, como reacção ao meu pai, que era um alcoólico violento. Ele bebia
com frequência, chegava para espalhar coisas pela casa e abusar da minha mãe,
além de ameaçar a mim e a meu irmão. Eu achava que ele nos odiava. Em consequência,
não queria ser nenhum pouco parecido com ele.
Na minha mágoa, comecei a procurar pelo
amor do meu pai nos braços de outros homens. Aos 17 anos, um predador se
aproveitou de mim sob a dinâmica professor/aluno e eu fiquei completamente
confuso em relação à sexualidade humana. Com o passar dos anos, uma coisa levou
a outra até que eu fui morar com um homem 20 anos mais velho que eu.
Antes de ir mais longe, é importante
entender uma das principais causas da desordem da atracção por pessoas do mesmo
sexo. Como um ex-membro da comunidade, eu posso dizer que os chamados direitos
homossexuais – e o direito ao aborto – são um resultado imediato da mentalidade
contraceptiva predita há 40 anos pelo Papa Paulo VI, na Humanae Vitae. Pessoas abusando umas das outras como objectos
sexuais trouxeram à tona uma cultura de morte que tolera e defende todos os
tipos de adultério e abuso infantil, incluindo o aborto. Essa mentalidade
egoísta levou também às pesquisas com células-tronco embrionárias e à
eutanásia.
Retorno ao meu Pai
De 1990 a 1994, eu ia à Missa de vez em
quando. Em 1995, eu disse ao meu “parceiro” que não podia ir mais porque estava
muito bravo com a Igreja. Eu coloquei todos os meus crucifixos e Bíblias em
caixas e deixei-os no escritório do bispo de La Crosse, Wisconsin, com uma
carta renunciando à fé católica.
Para minha surpresa, o bispo Raymond Burke
respondeu com uma carta amigável, expressando sua tristeza. Ele escreveu que
respeitava minha decisão e notificaria a paróquia onde eu havia sido baptizado.
Sempre muito gentil, Burke disse que rezaria por mim e esperava ansiosamente
pelo dia em que eu me reconciliaria com a Igreja.
Como um dos mais francos activistas “gays”
de Wisconsin, eu pensei: “Que arrogância!” Então eu respondi ao bispo Burke com
uma carta acusando-o de preconceito. Eu disse a ele que suas cartas eram
desagradáveis e perguntava como ele se atrevia a escrever-me.
Meus esforços de pará-lo foram em vão.
Burke enviou-me mais uma carta, assegurando-me que não escreveria de novo – mas
que se eu quisesse reconciliar-me com a Igreja, ele me acolheria de volta de
braços abertos.
De fato, o Pai, o Filho e o Espírito Santo
nunca desistiram de mim. Dentro de alguns anos, eu conversei com um bom padre,
que se uniu intensamente às orações do bispo Burke em agosto de 1998.
Em 14 de agosto, festa de São Maximiliano
Maria Kolbe e vigília da Assunção de nossa Bem-aventurada Mãe, a misericórdia
divina penetrou a minha alma, em um restaurante chinês – de todos e entre
tantos lugares. Eu mal sabia, ao entrar naquele restaurante com o meu
companheiro de mais de oito anos, que o Senhor me tomaria para Si naquela mesma
tarde e me levaria a outro lugar, fora de Sodoma, para o juízo de Sua
misericórdia, o santo Sacramento da Penitência.
O padre que eu tinha consultado estava lá.
Assim que eu olhei do outro lado da sala para ele, uma voz interior falou ao
meu coração. Era suave, radiante e clara em minha alma. A voz me disse: “O
padre é uma imagem do que você ainda pode tornar-se, se voltar para Mim.”
No caminho para casa, eu seriamente disse
ao meu companheiro: “Eu preciso voltar à Igreja Católica”. Mesmo em lágrimas,
ele amavelmente respondeu: “Eric, eu sabia disso há muito tempo. Faça o que
você precisa fazer para ser feliz. Eu sempre soube que esse dia chegaria.”
Depois, eu liguei para o escritório do
bispo Burke. A sua secretária já me conhecia bem, então eu lhe disse que queria
que o bispo Burke fosse o primeiro a saber que eu estava voltando para a Igreja
e me preparando para o Sacramento da Penitência. Ela me pediu para esperar.
Quando voltou, anunciou que o bispo Burke queria agendar uma conversa.
Mais tarde, eu confessei meus pecados a um
devoto e humilde pastor de almas local e recebi a absolvição. Como parte
essencial de meu restabelecimento, uma boa família católica deu-me protecção
até que eu pudesse encontrar minha própria casa.
Um mês depois de minha reconciliação com
Deus e com a Igreja, eu fui ao escritório do bispo Burke, onde ele me abraçou.
Ele perguntou se eu me lembrava dos pertences que havia deixado com ele junto
com minha carta de renúncia. É claro que eu me lembrava e o bispo Burke os
tinha guardado nos arquivos da diocese porque acreditava que eu retornaria.
Por dois anos eu me perguntei se a
mensagem mística significava que eu deveria me tornar padre. Finalmente, eu
percebi que não era chamado ao sacerdócio. Afinal, o Vaticano determina que
homens que têm uma inclinação homossexual bem estabelecida não podem ser admitidos
às Ordens Sagradas ou às comunidades monásticas. Mais do que isso, o padre que
eu vi no restaurante era uma imagem de que eu poderia me tornar santo e fiel
através dos Sacramentos. Como todas as pessoas – solteiras, casadas e
religiosas –, eu sou chamado à castidade. Para mim, é o bastante tentar e
chegar ao Céu. Por isso, eu me esforço para viver fielmente minha vocação de
solteiro.
Desde a minha experiência mística, eu me
alegro por Raymond Burke, agora prelado de Saint Louis, Missouri. Enquanto
alguns criticam o arcebispo Burke por sua fidelidade a Deus, à Igreja e às
almas, eu digo que ele é um verdadeiro pastor dos fiéis e um Atanásio dos
nossos dias. Eu digo a vocês que ele continua sendo um conselheiro e uma
inspiração para mim. Embora meu pai biológico tenha me rejeitado, o arcebispo
Burke se tornou meu pai espiritual, representando amorosamente nosso Pai dos
céus. Como as Pessoas Divinas da Santíssima Trindade, o arcebispo Burke foi e é
absolutamente fiel a mim.
A chave para a felicidade
Apesar da bênção do arcebispo Burke e de
padres como ele, eu quero salientar que há outros que tiram as almas da vida
eterna e da felicidade.
Por exemplo, quando eu recentemente fui à
Confissão, um padre me disse algo contraditório à verdade que o arcebispo Burke
me ensinou.
O padre apóstata me disse: Você é gay e a
Igreja nos chama a aceitar nossa sexualidade. Eu sou um professor de ética – um
estudioso. (...) Se você é atraído por pessoas do mesmo sexo, isso é natural
para você. E, para você, negar isso e resistir é ir contra a lei natural. Eu
acredito, como professor de ética, que você pode ter um colega de quarto homem
e ser íntimo dele – sem contacto genital, é claro. Mas se você escorregar, não
seria um pecado mortal.
Esse é o tipo de conselho que me convenceu
a deixar a Igreja. Eu o escutava muito frequentemente de protestantes e de
vários padres católicos durante os anos 1980. Eu escutei todo tipo de heresia
sobre a sexualidade e Nosso Senhor. Hoje, que já estou separado da “comunidade
gay”, eu escuto essas heresias apenas de padres mais velhos, em seus cinquenta
e sessenta anos, mas não de padres com quarenta anos ou menos. Maus bispos e
maus padres sozinhos desviaram muitas pessoas em relação à atracção
homossexual. Não há nenhum “novo evangelho” ou estudo, e essa negligência
espiritual deve parar.
Como alguém que sofreu no estado de pecado
mortal por vários anos, eu asseguro a vocês que não há nenhuma felicidade fora
da ordem moral. A única resposta autêntica ao desafio da atracção homossexual e
do pecado é a verdade contida no Catecismo da Igreja Católica.
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Tirado do FB, de uma publicação
do Pe. Paulo Ricardo

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